A mamã hoje quer
falar-vos dum livro especial.
Chama-se,
por enquanto, “O Escultor” e é de uma autora portuguesa. A mamã está a dar uma
vista de olhos pelo livro e a comunicar as suas opiniões à autora. Nós,
criativos, precisamos dessas coisas para ter uma ideia do que andamos a fazer…
Mas
não é isto que importa. Se o livro estiver na minha estante, e espero que
esteja, abram-no. Podem folheá-lo, por favor? Tu também, meu rapaz. Pode
parecer história de amor mas é importante para a mãe. E tu, minha menina, faz
favor de lê-lo, sim?
Embora
o livro ainda seja apenas um esboço, o casal principal está a fazer a mãe
sentir coisas boas. Houve uma fase da minha vida em que não gostei de ninguém,
e a mera possibilidade de que as pessoas pudessem ser felizes juntas parecia-me
estranha e tentadora. Senti mais ou menos isso ao ler uma cena na esquadra
entre os dois protagonistas. Que duas pessoas possam galgar o abismo entre as
suas almas e encontrar-se no meio… Ó, que ideia vertiginosa, não acham?
Por
esta altura, a mãe já poderia ter começado a escrever um livro chamado “Os
Homens da Minha Vida”. Não falo de casos levianos, mas daquilo que têm sido as
minhas relações com o sexo oposto. O meu pai, o meu avô, o meu irmão, os meus “amantes”.
Dizê-lo assim põem-me de cigarro na mão num retrato a sépia. Os homens que amei…
os homens que amo.
Este
livro e a canção que a autora escolheu para estas duas pessoas opostas, “Thinking
Out Loud” de um Ed Sheeran que está a fazer furor agora, neste minuto, são
ternos. Tão ternos que a mamã pensa que dispensava todas as complicações. Todas
as declarações de amor verbais. Todas as cartas de amor. Todas as lágrimas e
todas as cenas de ciúmes.
A
mamã quer amar o vosso pai assim, e só assim:
Numa
dança lenta, no lusco-fusco, com ternura, respeito e olhos nos olhos. Só isso.
Dispenso todo o resto se ele estiver nesse momento com a intensidade com que lá
estarei.
Sei
que não faz sentido. Mas é o que sinto neste instante.
Agora
vão, vão ler. Vão ouvir a música. Vão puxar o rabo ao cão e testar a paciência
dos gatos…
Amo-vos,
suas pestes J
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